segunda-feira, 5 de julho de 2004

Um baiano em Floripa (ou Manhattan)

Não, não é título de filme pornô. É que depois que os protestos contra o aumento da tarifa de ônibus em Florianópolis ganharam repercussão nacional, subitamente fiquei com vontade de ir para a ilha. A explicação é simples. Primeiro porque nunca pensei em ir para lá e, segundo, porque a cidade é uma ilha (acho isso fabuloso) e se você quiser entrar/sair de carro/buzu dela tem que usar uma ponte. Fantástico. Imagina se dá algum problema nela. Você simplesmente fica isolado, preso na cidade!

Floripa seria uma espécie de estágio para a ilha de Manhattan, em Nova York, já que soteropolitano não tem a oportunidade de ficar atravessando ponte. Sempre digo que o interessante dos EUA não é Nova York. É Manhattan. E sua ponte.
O que é que os manezinhos têm?

Agora, vendo as manifestações de lá, não há como deixar de me lembrar das que ocorreram em EsseEsseÁ no final de agosto do ano passado. Fui extremamente prejudicado, inclusive o evento que eu estava assessorando, mas não deixo de reconhecer que foi um marco. Principalmente a briguinha entre um comandante e o comandado.

Agora, se para chamar a atenção em Florianópolis é só interditar a tal ponte, em Salvador é só ir para a região do Iguatemi. É confusão na certa. Embora, o Vale de Nazaré ainda tenha o seu espaço.

Mas, como qualquer manifestação, passei por uns absurdos. Me lembro de um grupo de pivetinhos (só podia ser!) vestidos de estudantes que parou o ônibus em que eu estava enquanto ele passava pela rótula dos Barris. Uma garotinha (aparentava 10 anos) entrou no veículo dizendo que ele não passaria dali. “Quem quiser que saia e vá andando”, anunciou. Juro que fiquei com vontade de torturar aquela criança, mas aí olhei para os lados e vi que o ônibus estava cercado de capetinhas. Me lembrei da história “As viagens de Guliver” e fiquei na minha. Se Guliver caiu, por que não eu?

Nunca tive vontade de bater em criança. Quer dizer, minto, admito que uma. Não, duas. Três. Humm... deixa pra lá. Mas aquela menina que não apareça na minha frente. Marquei ela. Quanto a Floripa, vou colocá-la no meu roteiro de férias.

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