quinta-feira, 1 de julho de 2004

Santo André desde mininu

Melhor do que ter visto o Vitorinha perder do Flamengo na semi-final da Copa do Brasil, digo, ver o Vitorinha reafirmar o que ele faz de melhor (nadar, nadar e morrer na praia), foi assistir ao time carioca perder do Santo André, time de Essepê, ontem, em pleno Maracanã. Após a derrota, os cerca de 70 mil torcedores rubro-negros choraram, espernearam, soltaram rojões em direção ao gramado e... brigaram. Normal.

O narrador da Rede Globo, Galvão Bueno, gritava mais do que puta quando vê seu macho apanhando. Indignado, soltava pérolas como: “Que ponto chegou o futebol brasileiro”, “Não existe mais time de ponta no Brasil”, “Olha só o que os dirigentes (cartolas) estão fazendo com os clubes tradicionais”, blá, blá, blá. Estava tentando convencer os cariocas de que aquele time seria campeão da Copa. Não foi. No Campeonato Brasileiro, o Mengo ocupa a penúltima colocação. Ou seja, seria uma zebra vencer.


Maracanã: mito da imprensa carioca

Para a cena ser completa, só faltava o Ronaldinho, que no jogo contra o Vitorinha foi o torcedor-estrela na arquibancada do decadente estádio. No dia seguinte, a Globo deitou e rolou nas manchetes ufanistas: “Ronaldo mostra ao filho a emoção de ver o Flamengo jogar no Maracanã”. Tsc, tsc.

Não gosto de futebol, a não ser na Copa do Mundo. Não assisto a jogos na TV e muito menos vou ao estádio. Acho que ficar 90 minutos parado é uma perda de tempo. Também não acredito que os dirigentes (cartolas, etc.) desses clubes estejam muito interessados no esporte. Tiro como exemplo o meu. Mas minha alegria não tem limites quando vejo um rubro-negro perdendo. E a de ontem não tem dinheiro que pague.

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