sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Dezembro

Estou em um teclado que esta uma merda, com teclas confusas, sem acentuacao. Por tanto, esforco na leitura, hein, minha gente (interrogacao). Obviamente, que nao me esqueci disso aqui. Mas, os ultimos dois meses foram de mudancas radicais, mas necessarias. Aquele tipo de coisa que eu vinha falando... deixe eu ver... um, dois... ha uns dois anos (dois pontos) mudanca. E so ver no post de 18 novembro de 2005. Esta la. O que eu aprendi neste processo todo(interrogacao) Ter paciencia. Ponto. Agora, so falta pular de para-quedas. hehehe.

Dezembro chegou e pouco se me da. A nao ser pelas decorracoes pebas, pobrinhas mesmo, muito grotescas e bregas (excecao da loja Kitchens da Barra) e pelas propagandas dos sedentos lojistas avidos por ter nosso decimo terceiro, nada indica que o Natal chegou em EsseEsseA. A cidade esta numa pindaiba que da pena. O que da pra concluir e que todo mundo esta com a corda no pescoco. Definitivamente.

Metropole
Por falar com EsseEsseA, eu tenho um mantra (abre aspas) Eu acredito na metropole (fecha aspas)... ai como esta dificil desenvolver um raciocicio com esse teclado... enfim... Pois e. Acredito que posso sair as duas da manha e poder comer, comprar, me divertir, etc... Fiz uma festinha de inauguracao de meu espaco no domingo, uma especie de cha, e deixei para comprar uma caixa de isopor no domingo. O pior e que existe uma loja que vende esse tipo de coisa no lado do meu predio. Sabado passei pela frente, perguntei pelo valor e nao comprei.

No domingo, pensem numa pessoa desesperada. Sai pela cidade e a cada esquina dizia (dois pontos) eu acredito na metropole, eu acredito na metropole, eu acredito na metropole. Depois de virar a esquina e nao ver nada aberto, concluia (dois pontos) eu irei pra manhattan (exclamacao). No final, tive que parar num desses mega-hiper-nao-sei-de-que da vida de short e camiseta de domingo e sandalia havaianas. Comprei um isopor e algumas latas de cerveja. Pronto (exclamacao) Me senti o proprio vendedor de latinha. Uma emocao. Outra licao aprendida (dois pontos) nao deixem nada para ultima hora. Ainda mais se essa ultima hora for num domingo. Em EsseEsseA.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Eleições 2006

ACM, após resultado da eleição baiana. Derrota histórica


Preciso dizer mais alguma coisa? Não, né?

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

11 de setembro reloaded

Bem... hoje é 11 de setembro e você, no mínimo, está cansado de ver as imagens das torres do World Trade Center desabando, dos americanos chorando, do quanto tudo isso foi muito cruel, de como os bárbaros sem pai nem mãe do oriente médio são perigosos, etc. Também deve estar se perguntando por que todo ano antes do "aniversário" do tal atentado surge um novo vídeo de Bin Laden, uma nova ameaça da Al Qaeda, prometendo não só atingir o coração do império americano, como também outros órgãos mais ou menos vitais, e as criativas televisões garimpam "novas" e dramas do episódio.

Homenagem aos americanos mortos

Não tenho nada a falar, não é mesmo. Só que o episódio me faz pensar duas coisas: por que Bin Laden tem que aparecer justamente nesta época? E, não menos importante, por que nesta época o sistema de segurança é, digamos assim, elevado ao nível máximo? Se eu sou um terrorista (eu não sou!), por que atacarei justamente quando todo mundo espera? Alguns poderão imaginar que isso é coisa de americano neurótico nascido no Texas. Eu também acho. Aliás, toda essa situação me fez lembrar de uma piada antiquíssima chamada "As 100 coisas que farei quando me tornar Senhor do Mal". Esta é em homenagem a Bush e ao 11 de setembro. (Só vou citar 20. Quem quiser mais dicas, que dê um google.)

- Preparem-se ianques!

1. Minhas Legiões do Terror terão capacetes com visores de acrílico, e não placas tampando o campo de visão.

2. Meus dutos de ventilação serão pequenos demais para alguém rastejar por eles.

3. Nunca irei construir um computador inteligente que seja mais esperto do que eu.

4. Não irei me gabar da situação de meus inimigos antes de matá los.

5. Depois de raptar a linda princesa, iremos nos casar imediatamente em uma discreta cerimônia civil, não um espetáculo de três semanas de duração durante as quais a fase final de meu plano será implementado.

6. Não levarei meus inimigos para interrogatório no centro de meu castelo. Um pequeno hotel, na periferia de meu Reino servirá perfeitamente.


7. Nunca usarei nenhum dispositivo com um contador digital. Se achar que tal dispositivo é essencial, o marcarei para ativação quando o contador chegar em 117 e o herói estiver começando a pensar em um plano para desativá lo.

8. Nunca usarei a frase “Antes de matá lo, há uma coisa que desejo saber”.

9. Quando empregar pessoas como conselheiros, ocasionalmente irei escutar seus conselhos.

10. Apesar de ser uma forma comprovada de aliviar o stress, não irei soltar risadas maníacas. Com essas risadas, quando ocupado, é muito fácil deixar de perceber pequenas nuances e acontecimentos que um indivíduo mais atento pode identificar e responder a altura.

11. Não importa o quão atraentes certos membros da rebelião podem ser. Provavelmente em algum lugar há alguém igualmente atraente que não está tentando desesperadamente me matar. Assim, pensarei duas vezes antes de ordenar que uma prisioneira seja levada a meus aposentos.


12. Todos os magos incompetentes, escudeiros, bardos sem talento e ladrões covardes em meu Reino serão executados. Meus inimigos certamente desistirão e abandonarão sua cruzada se não tiverem um parceiro cômico ao lado.

13. Quando capturar o herói, terei certeza de também capturar seu cachorro, macaco, furão ou qualquer outro bichinho bonitinho de dar nojo, capaz de desamarrar cordas e roubar chaves, que por acaso ele tenha como mascote.

14. Se a linda princesa que capturei disser “Nunca irei me casar com você! Nunca! Está ouvindo? Nunca!” eu direi: “Tudo bem.” E a executarei.

15. Se minhas tropas mais fracas falharem na tentativa de eliminar o heróis, mandarei minhas melhores tropas, ao invés de perder tempo mandando tropas progressivamente mais fortes, a medida em que ele se aproxima de minha fortaleza.

16. Não implementarei nenhum plano cujo passo final sejam horrivelmente complicado, como “alinhe as 12 Pedras do Poder no altar sagrado então ative o medalhão no momento do eclipse total”. Ao invés disso, meu plano será ativado com a frase “aperte o botão”.

17. Não irei ignorar o mensageiro esbaforido e obviamente agitado até que minha cavalgada ou outro entretenimento pessoal termine. O que ele tem a dizer pode ser importante.

-Temos que estar preparados contra o terror!

18. Qualquer conjunto de dados de importância crucial será acondicionado em arquivos de 1.45Mb, para não caberem em um único disquete, ou 801 Mb para os Cds.

19. Quando tiver capturado meu adversário e ele disser “Olhe, antes de me matar, pelo menos me conte sobre o que você planeja fazer.” Eu direi “não” e atirarei nele. Pensando bem, vou atirar nele e depois dizer “não”.

20. Finalmente, para manter todos os meus súditos contentes e descerebrados, irei prover a cada um acesso Internet ilimitado, grátis.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Reflexão de feriadão

"Life´s too short for the wrong job!"


Em breve, retorno com a cartilha. Juro.

sábado, 26 de agosto de 2006

Não tem preço

Estou envegonhado com esse blog assim... às moscas.

Não tem viv´alma que levante o dedo e diga que aguenta a tosqueira que é a propaganda eleitoral na televisão. Dentre as milhares de coisas que eu poderia citar como motivo de "não acredito no que eu estou vendo", vou destacar duas. Em primeiro lugar, os três apresentadores do programa de Lula.

Em um esforço mórbido, minha mente tenta me convencer que o que eles (os marketeiros) estão querendo com aquelas figuras é dizer que as três "raças" (isso existe?) que formaram o Brasil lá nos idos de 1500 e lá vai fumaça estão ali representadas: o índio, o negro e o branco. É isso??? Precisava??? Se colocasse um negro, ou um índio, vá lá, mas os três não é forçar a barra? Vamos combinar: faltaram os pardos, os morenos-jambo, os amarelos, os sararás, e a infinidade de "etnias" que o IBGE é obrigado a lidar quando faz uma pesquisa nessa linha. Cadê os mestiços?

Sei, não... acho que eles deveriam explicar novamente os "cruzamentos"? Sem dar um google, responda:
Índio + Negro =
Branco + Negro =
Branco + Índio =

Parabéns a quem acertou.

O candidato a cantor de seresta

Outro ponto é o riso em função das sandices ditas pelos candidatos. Jà virei fã do tal Eymael, o democrata-cristão. Ouvir ele dizer: "Quando eu colocar a faixa presidencial... deixe comigo e com as pessoas de bem deste país", não tem preço.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Cartilha política - Parte I

Ou: como vencer uma eleição

Bem... já que estamos em época de campanha política, nada mais natural que o tema tome conta de nossa vidinha. A partir de hoje, publicaremos aqui uma cartilha com alguns pontos básicos que devem ser seguidos à risca pelos candidatos que quiserem chegar lá, lá no poder, onde o "venha a nós" é seguido com aplicação, o dinheiro público entra fácil no seu bolso, todo mundo passa a te respeitar e a lhe chamar de doutor e o que é melhor: você tem imunidade para tudo que fizer. Tudo, inclusive, roubar, matar e extorquir.

Antes de iniciar a primeira parte da cartilha, é preciso que fique claro que você, candidato, deve ser possuidor de duas características essenciais: carisma e cara de pau. Caso contrário, nem se dê ao trabalho de continuar. Com relação ao primeiro, todos os grandes personagens (políticos ou não) da história são possuidores desse dom, que os eleva acima da multidão e a carrega consigo: Jesus, Buda, princesa Diana, Madonna, Hitler, John Kennedy, Mikey Mouse, Getúlio Vargas, Júlio César, etc. Ou seja, chame atenção de alguma forma: pela sua aparência, chame, voz, história ou dinheiro. Não importa, seja carismático!!! Anotou aí? Então, vamos em frente.

A outra característica, não menos nobre, é a cara de paulismo. Se você quer ser político, provavelmente, já sabe o que isso significa. Mas, como isso aqui é uma cartilha, vou tentar explicar. Todos nós precisamos de uma boa dose de cara de pau em nosso dia a dia. Exemplo: uma moçoila em qualquer rua de EsseEsseÁ está desesperada para ir em um banheiro. Óbvio que não encontra nenhum. Afinal, ela está em EsseEsseÁ. Mas, como Deus opera na vida dela, a menina encontra o de um barzinho, embora queira consumir nada que justifique o uso. Aliás, só quer "consumir" o banheiro. O que ela faz? Usa de todo o charme e pede para utilizá-lo. Responda: o que é isso? Cara de paulismo. Entendeu? Faz parte da vida. Pois bem, todo político é obrigado a abraçar quem não gosta, tirar foto com inimigo de infância e conviver com exemplares personalizados do capeta. OK? Então, vamos às regras.

Regra número 01: Anuncie obras

Como foi dito no post anterior, assim como o metrô de EsseEsseÁ, milhares de obras que estavam paradas há seculos por falta de verba, misteriosamente voltaram a funcionar à pleno vapor em todo o país nesta época. Se você era governo e agora está tentando a reeleição, diga que elas já estavam previstas no orçamento e não têm nada a ver com sua campanha. Faça como Lula. Em 03 de fevereiro, disse: "Não me sinto em campanha. Os que falam isso, na verdade, gostariam que eu não inaugurasse as obras que eu comecei a fazer. Eu sou presidente da República até dia 31 de dezembro de 2006".

- Muita calma nessa hora

Agora, se você não era governo e está correndo por fora, grite. Não admita isso, esperneie, diga que é palanque, que vai entrar com um processo no Tribunal Superior Eleitoral e que o opontente "está fazendo campanha, sim!". A fala tem que ter a garra de uma Heloísa Helena. Quem não chora, não mama. Ah, e se o outro respirar, denuncie.

Regra número 02: Regionalize-se

Essa é uma das regras que pode tanto divertida quanto constrangedora. Mas, não importe-se com isso: você é candidato. O que eu quero dizer: coma buchada de bode no sertão de Cariri, acarajé na Bahia, ande de jegue em Alagoas, beba chimarrão quando for ao Rio Grande do Sul, assista maracatu no Recife, escola de samba no Rio, experimente chope e vista um chapéu típico alemão em Blumenau, seja lá o que for, faça de tudo para impressionar os eleitores locais.

- Huuummmmmm!!!!

Em breve, mais regrinhas. Agora, corra, filho do capeta, corra, porque o tempo é curto!

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Cem anos

Em meio à fétida e profunda lama em que encontram-se os políticos brasileiros, - que, cá pra nós, desestimulam qualquer crença de mudança nas eleições de outubro - soube de uma notícia, no mínimo, inspiradora. É que o TSE registrou 12 candidatos com idade acima de 80 anos concorrendo a vagas tanto nas Assembléias Legislativas como no Congresso Nacional. A Bahia tem os candidatos mais idosos: o militar aposentado José de Souza Pinto, de 102 anos; e a comerciante Deodata Pereira Borges, de 101 anos.

Apesar da idade pra lá de avançada, a galera está mostrando uma baita disposição, mesmo sabendo que poderão juntar-se àquelas figuras nossas de cada dia. Como todos sabemos, de boas intenções o inferno e o Congresso Nacional estão cheios. Mesmo assim, seu José e dona Deodata não deixam de ser exemplos de atitude para pessoas que aos 20, 30 ou 40 anos já não têm perspectiva de nada e acabam por desistir da própria vida. Não encontram motivação para seguir em frente e não sabem que é sempre tempo de começar. Afinal, como dizia Clarice Lispecto: "Viver é um dever".

Promessas de campanha

Por falar em eleições, coincidência ou não, as obras do metrô de EsseEsseÁ foram retomadas, depois de, registre-se, sete meses de paralisação. Falo da última paralisação. Porque já foram tantas que já perdi a conta. Todas elas por causa da falta de verba, principalmente do governo federal.

Para quem não sabe, a construção do metrô da city é uma tragédia grega sem fim. Iniciada em 2000, a previsão de conclusão da primeira etapa, de 12 km, deveria ser 2003. Em que ano estamos mesmo? Agora, é 2007. 2007!!!! E, no final, pasmem, parece que EsseEsseÁ não vai ter metrô, e sim um minimetrô, de apenas seis km. Ou seja, um troço que só existirá para inglês ver. O resto da primeira etapa (!?!), só Deus sabe quando vai ficar pronto. A finalização completa desta obra talvez aconteça quando chegarmos aos 100 anos e algum de nós tenha a disposição de seu José e dona Deodata e tente resolver a situação.

O metrô de EsseEsseÁ é um exemplo das obras que estão à pleno vapor em todo o país nesta época e que servem apenas de palanque para um bando de espertalhões. Parece aquela piada sem graça de advogado:

O advogado recém-formado chega contente para o pai:
- Papai, resolvi aquele caso que o senhor está tentando há mais de dez anos!
O pai dá-lhe um violento tapa e grita:
- Seu burro! É aquele caso que tem nos sustentado nos últimos dez anos!


Haha. Muito engraçado. ;-(

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Morte no orkut

Bem... o assunto é delicado e pode virar capa da Época. Mas, como somos pessoas antenadas e incluídas, vamos nos preparar antes. Todo mundo está cansado de saber que o site de relacionamento Orkut é um sucesso. Até grandes empresas, antes de contratar alguém, dão uma espiada no perfil do candidato, nas comunidades e "amigos" cadastrados e por aí vai. Quem está fora da onda chega a ser até marginalizado.

Toda a brincadeira começa quando a pessoa se cadastra. Ela procura seus amigos, depois os amigos de infância, do secundário, da academia, do cursinho, da faculdade, etc. e aí vai encontrando gente que nunca veria tão cedo de novo na vida. Depois, começa a cadastar os amigos virtuais e também desconhecidos simpáticos. Participa de comunidades com as quais tem afinidade (algumas com mais de 200 mil pessoas, outras toscas) e, depois de todo esse processo, sem ter o que fazer, finalmente brinca de fuçar a vida dos outros. Virou um mundo à parte: tem início e término de namoro, golpes, preconceito, crimes, brigas, spams... enfim... tudo o que se puder imaginar. Até dar condolências a um morto.

Soube, por meio de um conhecido, que uma pessoa havia morrido. Tinha uma vaga idéia de quem era e resolvi ir na página do Orkut. Pois, bem. Lá, para meu espanto, encontrei diversos depoimentos para o "falecido". Sabe, igualzinho àqueles montes de scraps quando alguém faz aniversário. Infelizmente, só poderá ler os depoimentos quem for cadastrado no site, mas destaco alguns:

Carol: "Fiquei muito triste ao saber do acontecido, estarei rezando e ficará sempre em minha memória apesar de não termos nos conhecido pessoalmente, a pessoa maravilhosa que você foi e continua sendo nos corações daqueles que te amam. Esteja com Deus querido amigo! Com carinho, Carol"

Vagner Argôlo: Gente, pelo amor de deus...Ele faleceu foi? De que? Alguem pode me explicar? Quando foi isso? Me expliquem

Mario: "Diga,gostoso,tudo legal mesmo,breve estarei ai."

Martinha: "Oieeee!!! Tudo bemmmm??? Só passei para deixar um grande AbRaÇo e te desejar uma ótima semana com muita Saúde e Felicidade. Aproveite e de uma olhada na mensagem que deixei para você...!!! (copie o link e cole no seu navegador) -> megaorkut.com.sapo.pt/mensagem.cmd"

Lucila: "sem palavras... só tristeza... só isso e tomara q onde vc estiver tudo esteja bem"

Liliane: "Vou sentir sua falta, viu?! Só fui saber hoje! Tô muito triste! Vou orar por ti!"

Paula: MEU ETERNO AMIGO,VOU SENTIR MUITO SUA FALTA.SEU JEITO MEIGO CARINHOSO DE SEMPRE AO RECEBER OS AMIGOS.ESTAR DIFÍCIL ACREDITAR.DESCANSE EM PAZ ONDE ESTIVER.SAUDADES!!!!!!!!!!!!!!!

Pergunta: quem lerá essas mensagens? O morto, a família, os amigos? Será que esse é um espaço mais adequado para fazer esse tipo de declaração ou homenagem? Vamos combinar: nunca tinha visto algo tão mórbido. Não sei o que dizer realmente. Mas que é de um mal gosto abissal, ah, isso é.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Era do blog

Estou sem tempo nem para me coçar. Apesar disso, vou perguntar se alguém viu a matéria da Época desta semana sobre os blogs? Não, não viu? Pois não perdeu nada. Um texto que diz "o tamanho da blogosfera é impressionante" não merece atenção. Talvez, na próxima semana, eles descubram a roda. Aí, nós, os incluídos, não é verdade?, veremos mais fotos de estrelas em poses irritantes... ops, quer dizer, supercriativas.



O que faltou à Época anunciar é que os blogs se tornaram, na verdade, leituras muito mais interessantes do que revistas semanais como ela, cujos assuntos são tão frios e previsíveis quanto desnecessários. Enfim, não estamos sós...

terça-feira, 18 de julho de 2006

Guerra sem fim

Mais uma vez, o mundo assiste a um conflito lá pelas bandas do Oriente Médio. Loucura, irrealismo, intolerância, insensibilidade dirão alguns. Para outros, o desânimo é total, pois a sensação é de dejà vu. Todas as guerras são barbaridades sem explicação nenhuma, isso todo mundo já sabe. Mas, vamos combinar, elas dão “ibope”, elegem governos, encontram defensores e filosofias.

Não vou falar quem começou primeiro. Só acho que Israel pegou pesado. Como estão dizendo por aí, colocar o Líbano de joelhos é fácil (explodir pontes, destruir portos e aeroportos, matar civis, etc...), difícil mesmo é achar que isso vai controlar o tal grupo terrorista.

A arte da guerra


Conversei, pelo msn, com um amigo meu israelense que mora em Tel Aviv e perguntei como estava a situação por lá. Ele respondeu que as pessoas estão tranquilas e que as Forças Armadas de Israel são muito mais fortes do que as do país vizinho. (Óbvio que se não fossem, não atacariam, não é cara pálida?)Apesar das imagens que vemos e informações que recebemos, ele foi curto e grosso: disse que morre mais gente em São Paulo em um dia normal do que cidadãos israelenses nesse conflito sem fim.

Aqui entre nós: Quando ele estava aqui no Brasil, a mãe ligava diariamente desesperada - bem ao estilo das mães de lá - com medo que acontecesse alguma coisa com ele: "o Brasil é um horror de perigoso", dizia. Choque, né? Enfim... Dizer o quê? Eles, que nasceram na terra santa, que se entendam. E nós, que nascemos em berço esplêndido, que... que o quê, hein?

Bonus Track
E a ONU? Cadê a ONU? Toda vez que tem algum conflito, principalmente no Oriente Médio, a organização assemelha-se àqueles pais de criançinhas rebeldes que brigam em parquinho de diversões: manda parar, diz que vai bater, grita, ameaça, o filhinho faz birra, mas continua lá, na marra, brigando. Só que no mundo não tem pai, né? Ou tem? É o pai nosso? É Bush? É o Superman? Chatíssimo isso. Melhor pensar em Porto Seguro e nos dias que passarei lá... trabalhando.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Hexa doeu Brasil!

Para mim, com essa frase, a turma do Casseta e Planeta deu a melhor definição do que foi a trajetória da seleção brasileira na Copa da Alemanha. A busca pela sexta estrela foi decepcionante e doeu na alma, não é mesmo? Embora a derrota contra França tenha sido no sábado, a grita ainda está forte: dos torcedores, da imprensa local e internacional. Por quê? Porque a tanga caiu, minha gente. E o pior: no meio da praia lotada, em um domingo de sol de 40 graus!

Jogadores
Para início de conversa, odeio gente apática, sem iniciativa, que não tem garra na vida. Identificada uma pessoa assim, não chego nem perto. Imagine, então, assistir a um time apático, a uma seleção de jogadores que não fizeram absolutamente nada a Copa inteira. Nunca vi um time tão desinteressado na minha vida. Na verdade, não acompanhei nenhum jogo desse campeonato em que um time não tivesse lutado até o último minuto pela vitória. Aliás, foram nos últimos minutos que aconteceram reviravoltas impressionantes. Foi revoltante, mas passou rapidinho para mim. Não ligo muito não.

Gol da França contra o Brasil e Ronaldinho: - Ai, caralha. Fudeu!

No post “Já foi tarde” brinquei com o fato dos argentinos terem sido desclassificados pelo time da Alemanha. Minto: não só eu como o Brasil inteiro gozou dos hermanos, incluindo Faustão ao vivo antes do jogo da nossa seleção. Pois é, nunca vi a frase “o mundo dá voltas” fazer tanto efeito em tão pouco tempo como no sábado. Como se diz por aí: o troco dos argentinos veio à galope. E, vamos combinar: eles riram por último.

Os jogadores de lá foram recebidos com festa em Buenos Aires. Afinal, fizeram por merecer e foram dignos de vestir a camisa da seleção. Já os brasileiros... todo mundo sabe o que aconteceu, né? Bem... só sei que alguns jogadores, por exemplo, poderiam ter deixado a carreira com dignidade. Nada como saber a hora certa de parar.

Parreira e Zagallo-fiquei-vivo

Por último: Não jogo no time daqueles que ficam felizinhos da silva quando a seleção ganha jogando mal. Quase apanhei no Pelourinho (sim, dei uma passada por lá!) quando disse em alto e bom som que Ronaldo estava gordo e não conseguia correr direito. Fofuchonaldo fez dois gols na vitória contra o Japão. Depois disso, todo mundo achou que o garoto já estava recuperado. Contra o Japão! Viram?

Parreira
Não gosto de Parreira desde a Copa de 94. Agora, depois de tudo o que aconteceu, ele vem declarar que houve racha no time entre os jogadores novos e os veteranos e ele não soube administrar? Ah, poupe-me. Parece que foi promovido, né? Enfim...

Zagallo
????? Tá vivo, né? Graças a Deus!

Imprensa
Onde está a Fátima Bernardes, hein? A mascote da Globo na Copa desapareceu da telinha desde sábado quando o Brasil perdeu para a França. Coisa feia. Ela deveria ir até o fim, sorridente. Pois é... A Copa do Mundo foi empolgante para a mídia brasileira, principalmente para a emissora carioca, até que Zidane estragou a brincadeira.

No início, a euforia artificial, o ufanismo babaca, o oba-oba. Parecia que os jornalistas brasileiros foram à Alemanha para passear, brincar nas estradas alemães em carrinhos inteligentes. A seleção, por outro lado, não tinha com o que se procupar: Parreira tinha a escalação na ponta da língua, Ronaldo era Ronaldo, Ronaldinho o rei, Adriano o imperador e Juninho, a solução.

Durante dias os brasileiros foram bombardeados com informações sobre o peso de Ronaldinho, os recordes de Cafu, a briga entre Adriano e aquele jogador que foi dispensado (coitado), dos hotéis luxuosos, da hospitalidade alemã (hoje saiu a notícia de que a cidade onde a seleção estava hospedada deu graças a Deus pela seleção ter ido embora) entre outras baboseiras. E tudo ia se passando, sem que ninguém percebesse que o Brasil não treinava. As feras de Parreira estavam somente à espera dos jogos para trucidar seus adversários. Titulares incontestáveis. Veio Croácia, Austrália, Japão, Gana... cada baba miserável. Depois de cada sufoco, era só a seleção ganhar para todo mundo ficar felizinho da silva.

O moicano: Que vexame!
A mulher à direita: - Ai, que droga... não vou ser mais liberada do trabalho!

Além disso, tivemos que engolir o histérico Galvão Bueno e suas sandices ao vivo. No jogo contra a França tive que tirar o som da TV. Aliás, por falar em Globo, a emissora era só elogios à seleção. Dava tapas de pelica, às vezes. Não tenho dúvida de que, se tivéssemos jornalistas menos comprometidos com a CBF e os profissionais que formam a seleção, nossas alegrias seriam mais constantes e menos dependentes do pão e circo em que se transformou a cobertura desta Copa pela imprensa brasileira. O que se salvou? A leitura labial no Fantástico por jovens surdos. Muito melhor que as reportagens ufanistas tradicionais. Enfim...

Bonus Track
Mas, com todo o respeito pelo esforço de Parreira e seu quadrado mágico, com todo o respeito pela torcida brasileira (que encheu a cara de cerveja...), esta derrota, ainda que dolorosa, não tem muita importância. Acreditem.

sexta-feira, 30 de junho de 2006

Como se diz na Bahia: - Já foi tarde!

Menos uma. Nada melhor do que ver a seleção da Argentina eliminada. O problema é que os alemães agora estão com a bola toda. Medo. Ô Raça!!!!

- Hahaha. Urucubaca germânica!


Por falar em eliminação, amanhã é a vez do Brasil... despachar a França. Estamos todos confiantes no bolão que a seleção vai jogar, não é mesmo, pessoal? Meu placar: Brasil 2 x 1 França. Com prorrogação, claro!

Mal das pernas: jogo de comadres

terça-feira, 27 de junho de 2006

Gana engana

Até que terminou bem o jogo de hoje da seleção contra Gana. Sim, porque o que se viu antes da partida foi um tremendo suspense geral quanto ao que o time africano iria fazer com os nossos rapazes. Do jeito que estmaos jogando, poderia ser a última partida do Brasil na Copa da Alemanha.

Por isso que eu digo que o mais engraçado dessa nossa seleção de futebol é que por mais que saibamos que nossos jogadores têm qualidade, são talentosos e craques desde criancinha, mesmo assim, qualquer time desconhecido ou de segunda classe faz com que nossa confiança seja abalada. Não acreditamos na força da nossa equipe, muito bem paga, alimentada e hospedada.

Depois do primeiro gol de Fofuchonaldo, Gana dominou a partida. Nós demos sorte porque os jogadores adversários têm péssima pontaria. Parecia que o gol estava no céu. Também tínhamos como parceiro o bandeirinha. Aliás, por falar em arbitragem, o que aconteceu no jogo entre a Austrália e a Itália é uma vergonha. Faltando alguns segundos para terminar a partida e começar a prorrogação, aquele juiz sem-noção marcou um pênalti errado contra os aborígenes. Fiquei com dó da Austrália.

Ronaldinho Gaúcho: Dribles bonitos, mas acertar o passe que é bom, nada, ne?

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Nada feito

Então, ela não vem, né? Cachorra mercenária! Enfim... muita grita em vão, discussões à toa e deseperados abaixo-assinados on-line. Foi divertido enquanto durou. Cadela!

- Sorry, Brazil

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Vai que dá, Ronaldinho!!!!!

Ou: Quem vai decolar primeiro: Ronaldinho ou a Varig?

Depois de vencer o Japão no baba de ontem, por quatro a um (sendo dois gols de Ronaldinho, o injustiçado), a seleção brasileira e o jogador fazeram, enfim, as pazes com a imprensa e a torcida. Eu, particularmente, não aguentava mais esse lenga-lenga do peso de Ronaldinho. Que coisa mais chata, imbecilizante. Graças a Deus, esse cara emagreceu, alguns quilinhos, é verdade. Agora, falta meio quilo para o nosso garoto chegar ao peso ideal e enfim jogar melhor.

Após goleada no poderoso time do Japão, a mídia espetaculosa, capitaneada pela "Grobo", está dizendo toda hora que Ronaldo fez na quinta-feira sua melhor atuação na Copa-2006. Tá, mas foi contra o Japão, né? Quando se nivela por baixo, tudo fica mais fácil. O que Ronaldo disse: "Paciência é a palavra da minha vida, já que é algo que sempre tive, e agora não foi diferente. Eu consegui sair de um momento difícil e das críticas. Fiz gols em um jogo difícil, e isso me deu confiança". Jogo difícil?

Tá, vou admitir: poucas vezes gostei de ver um jogo da seleção brasileira de futebol. Sempre achei um futebol feio, tosco, se formos considerar a qualidade e fama dos jogadores. É por isso que eu não entendo quando alguém do tipo Galvão Bueno e afins fica reclamando da falta de espetáculo do time. Eu quero que alguém me indique ou me recomende um, um joguinho qualquer, pelo menos a partir de 1994, e diga: "Veja que maravilha de jogo da seleção brasileira. Olha o show de bola!". Estou esperando...

Bem, apesar disso, ver um jogo de futebol da seleção é catártico. Mais pelo ambiente contagiante - regado a cerveja, tira-gosto e gritaria, muita gritaria - do que pelo "espetáculo" de uma seleção da vida. Já se foi o tempo. O melhor de tudo é que ninguém escuta o Galvão Bueno e os comentários toscos sobre tudo e nada ao mesmo tempo. E que venha Gana.

Bonus Track
Se o drama vivido pela Varig é a coisa mais nonsense, absurda e deplorável dos últimos meses, ouvir o ministro da Defesa, o baiano Valdir Pires, dizer que o melhor que os clientes que compraram passagens têm a fazer é voltar pra casa, sentar e esperar é um desrespeito inclassificável. É trite isso e muito podre.

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Música é perfume

Ontem, chegou aos 60 anos uma das figuras que mais gosto e admiro na MPB: Maria Bethânia. Sempre que ouço, que vejo Maria Bethânia, eu tenho um pouco mais de carinho pelo ser humano. É engraçado, mas são poucos os artistas que me fazem acreditar em sua obra e, de certa forma, me interessar por ela. Afinal, sua marca ultrapassa o simples ofício de cantar, coisa que muita gente faz por aí e melhor. Motivos para admirar: vários, principalmente por me apresentar o mestre Fernando Pessoa, outra referência.


Lembro-me de um dia em que fui em Santo Amaro (município em que todo mundo se acha artista) e passei em frente à casa de D. Canô, mãe de Bethânia e Caetano Veloso. O local é ponto obrigatório, assim com a Igreja Matriz e o falecido rio Subaé. Perguntei: "- Carcará tá aí?". Óbvio que ninguém me respondeu, mas eu tinha que fazer isso. Foi uma catarse. Mas uma brincadeirinha.

Canção para a mulher que canta
(para Maria Bethânia, e todos os que vivem sua arte), por Lya Luft.

Tu que és pássaro e és fonte,
Tua arte feita passo, traço e canto
Lança suas redes sobre nós
que em penumbra e espanto te contemplamos
Teu fervor desenha uma paisagem onde seremos deuses,
cravada a tua voz em nossa alma
No exílio desse palco pairas sobre nós,
diante de nós te acendes:
Como faríamos, transidos e encantados,
se tivéssemos a chama que te queima
E esse dom de ser rio
E de ser ponte

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Alea jacta est!

Então... Começou, né?


Peço a Deus que dê juízo aos brasileiros. Não falo dos jogadores, que ganham uma fortuna e se hospedam em hotel milionário, mas do povão mesmo. Ave Maria, é contagiante esse negócio. Nem me lembro da última competição, mas tô aí, pros reggaes, entende?

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Campeão Baiano

Depois de ver os seus dois principais times rebaixados à terceira divisão do Campeonato Brasileiro, a Bahia conheceu, no domingo, o seu mais novo campeão: Colo-Colo. Pois é. O Colo-Colo... Eu estou aqui pensando (e acredito que continuarei pensando depois que publicar este texto) em uma comparação com times de outros estados para dar a dimensão do feito. Reconheço que daria ao time de Ilhéus meus parabéns, se fosse algum mérito ganhar o Campeonato Baiano nos dias de hoje. Não é. A qualidade dos times é sofrivel.

Torcida do Tigre comemora a fritura do Leão

Por outro lado, a conquista não deixa de ser uma novidade. Afinal, um time do interior ganhou a competição depois de 37 anos do lenga-lenga Bahia/Vitória. Ou seja: eu não era nem nascido quando o Fluminense de Feira de Santana sagrou-se campeão de 1969. De 70 para cá, o Bahia, bi-campeão brasileiro, tem vantagem sobre o Vicetória em número de campeonatos ganhos.

A torcida do Bahia, ou parte dela, está em festa. O time rival confirmou mais uma vez seu carma de vice. Já a torcida do Vitória, indignada e envergonhada: perdeu em casa, de virada, por 4 a 2. A página no orkut do rubro-negro virou espaço para xingamentos, acusações e o típico "eu não disse" vitoriano. Tudo isso muito cômico. Como estamos todos na lama, não sei se rir da desgraça alheia é um consolo ou ironia. Fica parecendo aquele sorriso de desdentado. Por mais sincero que seja, é feio, né?

O mais legal está sendo a grita da imprensa esportiva baiana. Parece programa humorístico, principalmente quando ficam procurando responsáveis, etc. Um reme-reme que vai durar semanas. É assim mesmo. Vem a terceirona aí. Espero que esse poço tenha fundo!

Bonus Track
* Nem bem começou a copa e falta um dedo assim ó para eu ficar de saco cheio. Eu não vou ser beneficiado com o horário de trabalho reduzido nos dias de jogo da seleção. Também não vou ter televisão no trabalho. Eu sou um pária.

* O que é a propaganda da Skol com aquela trave que anda, hein? Pentelha!!! Não viu? Está yotubado.

sexta-feira, 26 de maio de 2006

É isso aí!

É o terror, é o terror... Eu quero a luz. A partir de amanhã, faltarão dois anos para eu completar três décadas.

Tô nem aíííííííííííí!

quinta-feira, 18 de maio de 2006

É d´Oxum

Ou: Confessions on a church floor

Cansado das picuinhas, bate-boca, disse-me-disse e hipocrisia da Igreja Católica, o destemido Padre Pinto deu um ponto final nessa história e aderiu a uma nova religião: o Candomblé. Ontem, ele deu início à preparação para o ritual de iniciação e começou a raspagem da cabeça e das sobrancelhas. A notícia já está nos principais jornais de EsseEsseÁ. "A Igreja me expulsou e agora eu descobri que tenho vocação para pai-de-santo. Soube até que meu orixá é Oxum", disse. Eu já estava até com saudades do Padre, que posa aí na foto com São Jorge e, se não me engano, Yemanjá ao fundo.

Mas não é só isso. Uma bomba está para estourar! Dessa vez não só no seio como também no colo da Igreja. O padre ou pai-de-santo, sei lá, afirmou a um jornal daqui que está "enfiando a cara" na edição do seu livro "Confissões" (Eu sugiro o título: Confessions on a church floor), que pretende lançar até o final do ano. Ele disse que iria publicar "bombas" sobre casos de homossexualidade envolvendo religiosos, inclusive um "escândalo" ocorrido na Ilha de Itaparica. Jesusssssssss, muito medo!!!!!

Bem, bem... para quem ainda não sabe, o estiloso padre, que tem mais novidades e projetos que Madonna, também vai lançar uma grife. O nome da marca: PêPê. A revelação foi feita em um ensaio fotográfico para a revista do jornal O Globo. Bem, pelas fotos, vemos que o padre não leva apenas jeito para se fantasiar e requebrar como Oxum ou um índio guerreiro, mas também para modelo. Estou certo?

Padre Pinto: Com boné, cigarro e bracelete à la Wonder Woman


O blog deseja ao padre Pinto todo axé, toda força que brota da terra e, também, muito discernimento para essa sua nova etapa. Esperamos ansiosamente novidades e revelações. Só não nos decepcione: Conte a porra toda!!!!

terça-feira, 16 de maio de 2006

E aí, o Brasil vai ser hexacampeão?

Não faz muito tempo - na verdade dois posts anteriores - escrevi aqui o que considerei como sendo uma espécie de teatro do absurdo a ação do Exército no Rrrrrio. O tema era, claro, segurança. Depois de assistir de camarote a guerra que se instalou em EssePê nesses útlimos dias (Já acabou?), fica a pergunta: que país é esse? Sei, sei, a pergunta não é nova. Mas é sério, tô falando S-É-R-I-O! A segurança volta à tona!


Caros conterrâneos e afins: como pimenta no cu dos outros é refresco, olhar EssePê nesse momento com o alívio presunçoso de que isso só acontece por lá é um erro. Um erro lamentável. Os paulistas viveram o que nós, soteropolitanos, já experimentamos em menores proporções. E os cariocas também. Ah, e quer saber? Esse negócio de ficar em casa "preso", com medo e impedido de sair para trabalhar ou fazer qualquer coisa na rua já virou natural, rotina no país. Alguém tem coragem de ir para esses interiores onde quem tem arma, manda? O que é Altamira, no Pará, hein, minha gente? Enfim... Cada um com suas peculiaridades.

O episódio em EssePê me fez recordar o que passamos aqui em EsseEsseÁ. Foi em julho de 2001 quando policiais entraram em greve. Na época, a terceira maior do País retrocedeu ao estado de natureza, à "guerra de todos contra todos". Em 13 dias de greve, diversos estabelecimentos foram saqueados, incendiados ou invadidos. Ônibus deixaram de circular e até os bancos foram proibidos de abrir. À noite, os locais históricos ficaram às moscas. Quem pôde, fugiu da cidade às pressas. Foi um drama, um inferno. Pela primeira vez na minha vida senti o que é o horror da barbárie, da impotência diante de homens armados e encapuzados. (olhar nostálgico!!!)


A greve baiana foi só uma parte de um grande movimento nacional por melhores salários na polícia, que começou com a paralisação no Tocantins, atingiu em seguida o Pernambuco e afetou ainda Alagoas, Pará, Piauí, Paraná, Distrito Federal e São Paulo. Na época, o governo anunciou, por meio do ministro da Justiça, José Gregori, um "pacote federal" que visava unificar polícias Civil e Militar. Como todos sabemos, nada foi feito.

Aliás, nada é feito. Isso é um fato. Também me lembro que a Secretaria de Segurança daqui armou um circo em função de um tal Plano Nacional de Segurança. De uma hora para outra, milhares de policiais sitiaram Brotas, um bairro central de EsseEsseÉ, e começaram a inspecionar o lugar: às 5 horas da tarde! Foi outro inferno: fiquei num engarrafamento até 11 horas da noite! Alguém mais lembra disso? Conterrâneos, vocês se lembram dessa palhaçada?


Pois bem: ainda traumatizado com as cenas de EssePê e do tom dramático do Jornal Nacional de segunda-feira, confesso que morri de medo ao ver o governador de EssePê, Cláudio Lembo, ao vivo. Quem é esse homem? Apesar de William Bonner estar pagando de gatinho em frente ao viaduto Roberto Marinho em SP, não consegui me concentrar no argumento do político em recusar ajuda do governo federal. Ele é mórbido. Tão mórbido quanto o PCC. A sombrancelha dele é que está em revolta. Veja aqui.

Agora todo mundo tá aí, nervosinho, cheio de teoriasinhas, planinhos, sabendo que daqui a alguns dias vamos estar envolvidos em um problema bem mais grave: a Copa do Mundo. O Brasil será ou não hexacampeão? Aqui no trabalho vai ter ou não TV? Se os presos exigiram 60 televisores, por que eu não posso também? Que país é esse!!!!

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Dia do Jornalista

Sim, alguém aí lembrou? Não, né!!!! Pois é, hoje é o dia de uma das piores raças que a humanidade teve o desprazer de criar: jornalistas. Mesmo assim, meus parabéns a todos aqueles que escolheram esta profissão, apesar dos pais falaram sempre: "Filho, vai estudar, sai dessa que não dá dinheiro". Pelo menos, não viraram publicitários. Nada contra, hein!!! Em homenagem, um post antiquíssimo, das antigas mesmo, que traz o fim do mundo contado pelos diferentes veículos da imprensa.

The New York Times
O MUNDO VAI ACABAR

O Globo
GOVERNO ANUNCIA O FIM DO MUNDO

Jornal do Brasil
FIM DO MUNDO ESPALHA TERROR NA ZONA SUL

O Dia
FIM DO MUNDO PREJUDICA SERVIDORES

Folha de S. Paulo
(ao lado de um imenso infográfico) SAIBA COMO SERÁ O FIM DO MUNDO

O Estado de S. Paulo
CUT E PT ENVOLVIDOS NO FIM DO MUNDO

Zero Hora
RIO GRANDE VAI ACABAR

A Notícia
PSICOPATA MATA A MÃE, DEGOLA O PAI, ESTUPRA A IRMÃ E FUZILA O IRMÃO AO SABER QUE O MUNDO VAI ACABAR!

Tribuna de Alagoas
DELEGADO AFIRMA QUE FIM DO MUNDO SERÁ CRIME PASSIONAL

Estado de Minas
SERÁ QUE O MUNDO ACABA MESMO?

Jornal do Commercio
JUROS FINALMENTE CAEM!

A Tarde
BAIANOS FESTEJAM ÚLTIMOS DIAS

Correio da Bahia
ACM DIZ QUE SALVARÁ OS BAIANOS

Jornal dos Sports
NEM O FIM DO MUNDO SEGURA O MENGÃO!

Correio Braziliense
CONGRESSO VOTA CONSTITUCIONALIDADE DO FIM DO MUNDO

Notícias Populares
O MUNDO SIFU, ACABOU-SE TUDO!

Nas Revistas:
Veja
EXCLUSIVO: ENTREVISTA COM DEUS
- Por que o apocalipse demorou tanto
- Especialistas indicam como encarar o fim do mundo
- Paulo Coelho: "O profeta viu o fim do mundo e chorou"

Nova
O MELHOR DO SEXO NO FIM DO MUNDO

Querida
TESTE: SEU NAMORO VAI ACABAR ANTES DO FIM DO MUNDO?

Playboy
NOVA LOIRA DO TCHAN: UM APOCALIPSE DE SENSUALIDADE!

Info Exame
100 DICAS DE COMO APROVEITAR O WINDOWS THE END!

Época
ATÉ O FIM DO MUNDO A SUA REVISTA "ÉPOCA" ESTARÁ CUSTANDO R$2,80

FORMA E BELEZA
Tenha um END light. Leia aqui, como!

segunda-feira, 3 de abril de 2006

News

Fui ali, mas já tô voltando,tá?

quarta-feira, 15 de março de 2006

Teatro do absurdo

Enfim, os meninos voltaram para o quartel. Estão dizendo por aí que recuperaram os fuzis. E aqui entre nós: não acho o verbo recuperar adequado. Sabe o porquê? Porque as armas estavam todos juntinhas, bonitinhas, embaladas num matagal próximo da favela da Rocinha. Me deixe, viu! Só faltou uma placa com os dizeres em vermelho com fundo amarelo "Fuzis roubados do Exército. Aqui!", e uma seta, claro!

De acordo com a Folha há suspeitas que integrantes do Exército negociaram sigilosamente com o Comando Vermelho a devolução do armamento. Não duvido. Estes tinham interesse no ato porque estavam incomodados com a perda de dinheiro que a presença dos soldados nos morros provocava a seus negócios. Ninguém gosta de perder dinheiro, muito menos traficante.

Taí as bonitas. Se fosse Gollum, diria: meu precioso


Só sei que fiquei com a impressão - aliás, impressão eu já tinha - fiquei com a certeza de que o tráfico sabe o que faz e o Estado, não. Senti vergonha, muita vergonha. Agora, triste é saber que uma da vítimas dessa ação-armação foi um adolescente de 16 anos que (ô, estranha ironia!) ia se alistar no serviço militar. Ele carregava um guarda-chuva fechado, e o cabo foi confundido com um fuzil. Morreu.

Começar um circo por causa de dez fuzis foi uma palhaçada. Por quê? Bem, só nos últimos cinco anos, dos mais de 80 mil fuzis e pistolas apreendidos com os bandidos, cerca de 10% tinham sido roubadas do Exército, Aeronáutica, Marinha e polícia. Agora a contradição: se os traficantes fizeram acordo, se é que fizeram, isso demonstra que o Exército foi capaz de encostar o tráfico contra a parede, impedir sua liberdade de movimento e estrangular sua fonte de renda. Digamos que eles pediram diplomaticamente penico, mesmo que nossos meninos parecessem barata tonta, ou, como dizem aqui na Bahia, pica tonta: um dos soldados deu um tiro no próprio pé. E agora? Tudo continuará como antes. Enfim... Só sei que nada sei, mas que é muita vergonha, isso é.

terça-feira, 14 de março de 2006

Reflexão # 15

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre."

Por Vinícius de Moraes

Aos meus amigos. Sempre.

quinta-feira, 9 de março de 2006

O Haiti é aqui?

Ou: Não, meu bem. É o Brasil mesmo, com S, de Zebra.

Definitivamente, não consigo não ficar chocado ao ver imagens de militares em ação no Rio. Para mim, chega a ser nonsense, surreal conseguirmos viver achando que esse país está na normalidade. Tenho a impressão de que nunca esteve: vivemos em guerra civil, só que não fomos avisados.


É generalizado: na capital, no interior, no Sudeste, no Nordeste. Qualquer lugar que você vá, a primeira coisa que te dizem é: tenha cuidado. É assim quando paulista vai para o Rio, quando carioca vem para Salvador, quando soteropolitano vai pra Recife, quando recifense vai para São Paulo, etc. O jardim do outro é terrivelmente perigoso. O Rio não é a cidade mais violenta do país, mas é aquela onde a violência ganha mais visibilidade.


E que situação, heim? Temos medo da polícia (quem não tem, que levante o dedo); vemos com estarrecimento a capacitação cada vez maior do crime organizado, principalmente no Rio e Espírito Santo; nos protegemos atrás das grades de nossas casas (nossa elite, em suntuosos condomínios fechados no Litoral Norte baiano); andamos amedrontados a qualquer hora do dia e da noite e apelamos para a "segurança" privada.


Por falar nisso, em muitos bairros de diversas cidades brasileiras, estranhos aparecem com um colete escrito SEGURANÇA - comprado na esquina, obviamente -, oferecendo segurança. Impressionante é que aqueles cidadãos que optam por não pagar a taxa solicitada, misteriosamente são os únicos a serem assaltados. Mais impressionante ainda é que a Polícia Federal, órgão que deveria ser responsável pela regulamentação e organização do setor, não tem a mínima idéia de quem são nem de quantos praticam essa segurança.


Hoje, faz seis dias que cerca de 1.800 militares estão no Rio, cercando algumas favelas, em busca de 10 fuzis (???) roubados de um quartel do Exército na sexta passada. "Questão de honra", dizem os responsáveis pela operação. Os principais acessos à cidade por terra, mar e ar estão bloqueados. Lamentável. Agora a pergunta: há quanto tempo o crime organizado faz a população refém de seus negócios e de seus caprichos? E o que fizeram as Forças Armadas a respeito disso? Nada. Há, inclusive, relatos de agressão a moradores: toque de recolher, crianças revistadas com grosseria, adultos estapeados, casas e comércios invadidos e depredados, etc.

Não é a primeira vez que o Exército ocupa o Rio. Lembro-me de uma no início da década de 90. Foi um drama nacional. No mais, o que vemos, em todas elas, são dedos acusatórios levantados, promessas de melhoria sendo feitas, mas logo tudo é esquecido. Este ano não será diferente, não. Afinal, temos a Copa do Mundo na Alemanha. E, se Deus for realmente brasileiro, como dizem por aí (embora eu não acredite), seremos hexacampeão.