quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Querido Papai Noel

Como já tinha avisado no ano passado, dessa vez não vou lhe enviar a tradicional cartinha. Vou fazer melhor. Acredito piamente que temos que usar e abusar da tecnologia no momento em que ela facilita enormemente a nossa comunicação. Portanto, me reservo ao direito de usar o espaço de meu tio para te dizer que este ano me comportei como um anjo. Acredite em mim. Aliás, mereço um troféu por isso. Tenho três anos e muita energia. O senhor, sábio como é, deve entender. Mas, não se preocupe: adianto que o presente que vou te pedir já está de bom grado. O troféu eu dispenso.

A verdade é que desde que eu soube que o senhor viria me visitar que eu reforcei, principalmente na frente de minha mãe e conhecidos, os meus bons modos. Não estou correndo tanto assim, almoço quando minha mãe me chama, tomo banho sem reclamar, durmo na hora certa. E aqui entre nós, prometo não chorar mais de mentirinha. Eu sei que me faço as vezes de ator, mas... quem não chora não mama, não é? Hehe! É brincadeirinha... Também prometo não gritar de manhã cedo, nem mexer nas coisas de meu tio Dhan quando for na casa dele. Nem quebrar nada. Nem riscar seus papéis. Nem sujar a parede. Enfim, ficarei quieto e silencioso como o cágado Enrique lá da cada do vô.

Aliás, eu posso te pedir duas coisas? faça com que as pessoas parem de pegar na minha buchecha. Ela não é domínio público e eu não tenho culpa de tê-la. Basta! Outra coisa: eu não agüento mais ver o Rei Leão e não agüento mais o povo me pedindo para imitar Simba. Já bastou eu ter me vestido de leãozinho na minha festa de aniversário, embora tenha fica lindo, diga-se. Hehe! Ah, quase já ia me esquecendo: pode perguntar para a Tia Carla como estou na escolinha. O que eu faço lá já pode ser considerado como uma prévia de como será meu futuro boletim: todo azul. Enfim... acho que já dei provas suficientes de meu esforço em me comportar bem. Agora... sobre o meu pedido: Queria uma bicicleta prata. Não é branca, nem cinza: é prata. Ah, e quando vier daí do pólo norte traz para meu tio alguns potes de Haagen-Dazs. Ele vai a-do-rar. Se comportou muito bem, também. Ano passado eu não te vi, heim? Este ano faço questão.

Um forte abraço,

Rafael


Bonus
Chega a época de Natal e certos monstrinhos modificam completamente o comportamento. Você, simplesmente, não os reconhece. É a homenagem que faço a essa época, momento único para lidar com crianças. Eu aproveito até a última gota. hehe!

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