quarta-feira, 1 de setembro de 2004

Festa estranha com gente esquisita. Eu quero mais birita

Very cool
Você, finalmente, está em sua casa depois de um dia de operário, bem cool. Sua meta é assistir algum programa bagaceiro, tipo Sem Saída, da Record (afinal você está cansado demais para reler Clarice Lispector), e torcer para a Juliana zoiúda sair do programa. Daí você recebe uma ligação e, com ela, um convite para ir ao Barra Fashion e a pergunta: “- Quer se divertir?” O que você faz?

Gafanhotos
De repente, as luzes se apagam e o espetáculo começa. tum tistum tistum... Daí, você vê um esqueleto vestido vindo em sua direção. Ele passa por você. Depois, aquilo se transforma em uma invasão de esqueletos (ou zumbis, ou gafanhotos) com rostos maravilhosos vindo em sua direção. E passam por você. "Mas que andar é aquele?", "Nossa, ela é gente?", "Que bundinha murcha é essa?", "Ei, peraí, aquela é a Mariana Weickert?".

Invasão de gafanhotos ataca fashionistas. Mariana

Os incluídos
Cada vez fica mais evidente que quanto mais “incluída” é uma pessoa, mais ela aprecia alguma coisa de graça. Se advogados, médicos, publicitários e jornalistas, por exemplo, adoram um coquetel 0800 ou um brinde (lembrancinha é coisa de década de 80, tá?), o mundinho fashion a-do-ra mais ainda. No entanto, em EsseEsseÁ, a disputa por um convitão para fazer carão comendo e bebendo de graça é acirrada, uma vez que o mundinho fashion aqui é mundinho mesmo, cheio de socialite morta-de-fome-arroz-de-festa. Então, vem gente do Rrrrio e EssePê para dar um upgrade e dar ao mico local um ar mais cosmopolita. Tudo.

Celebridade
Evento de moda não é um evento de moda sem celebridades ou quase celebridades. Leia-se alguém da Globo. Hummm... Eu usei “leia-se”? Adoro a expressão leia-se, muito utilizada pelos colunistas sociais da terrinha. Eles escrevem, por exemplo: "Tinina de Souza estava deslumbrante usando um colar de pedrinhas de Santa Luz, leia-se Carlinhos Rodinha". Haha. Pronto!, já saí do tema... Bem, celebridade que se preze, estando na “terra da felicidade”, dirá invariavelmente (não nessa ordem): “eu adoro a Bahia”, “eu amo de paixão os baianos”, “essa terra é mágica”, “essa terra tem uma energia muito boa”, “sempre que posso dou um pulinho aqui”, “com certeza, estarei no próximo carnaval”, etc. Sempre. Débora “Darlene” Secco esteve por aqui e provou que a cartilha funciona horrores. Os poucos jornalistas presentes e estagiários da TV local fizeram o maior enxame.

Rapidinha
* Sobre o praticamente único colunista de moda da cidade, ops!, de fofocas do mundo da moda, eu digo: Em terra de cego, quem tem olho é rei!
* Rojane Fradique tomba as concorrentes.

Fim, com diversão garantida. Ué, mas a zoiúda ainda está no Sem Saída?

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