terça-feira, 26 de outubro de 2004

As eleições estão próximas...

Falta pouco, falta muito pouco para sabermos quem será o vencedor dessa eleição. O medo vencerá a esperança? Espero que não, embora algo me diga que vai sim... Vai vencer. Não, não estou falando de EsseEsseÁ, onde, felizmente, a eleição já está praticamente definida: o candidato de ACM será derrotado de lavada. Pelo menos isso. Falo, na verdade, das eleições americanas. O mundo espera com apreensão e preocupação o que os patrióticos americanos vai lhe dar de presente para os próximos quatro anos. Na próxima terça-feira, 02 de novembro, dia de Finados no Brasil, a América saberá quem será o seu novo Presidente. E nós também.

Na última pesquisa, divulgada ontem pelo jornal USA Today em conjunto com a rede de TV CNN e pelo Instituto de pesquisa Gallup, 51% dos entrevistados disseram que votarão em Bush, contra 46% disseram preferir Kerry. Apesar de ser uma referência em Democracia, a eleição americana é, no mínimo, esquisita. O presidente e o vice-presidente não são escolhidos diretamente pelos eleitores, mas por Delegados que formam um Colégio Eleitoral. Para entender esse negócio ininteligível para clique aqui.
Já em outra consulta, essa realizada pela revista Radio Times, da BBC, sobre os favoritos do público da Grã-Bretanha para a presidência dos Estados Unidos, o patriarca de Os Simpsons, Homer Simpson, ficou em primeiro lugar. Na pesquisa, os britânicos votaram em candidatos personagens de programas da televisão americana. Nada como o humor inglês, não?

A apreensão e preocupação com um segundo mandato de George W. Bush, ou Pink, é tão grande que ontem a revista norte-americana The New Yorker declarou seu apoio à candidatura do democrata John Kerry. Pode não ser nada, mas é a primeira vez que a publicação, uma das mais prestigiosas dos EUA, recomenda abertamente o voto num candidato a presidente. A revista se juntou a outros importantes veículos de imprensa do país, como os jornais The Washington Post e The New York Times, que já haviam declarado apoio ao oponente do presidente George W. Bush.

De acordo com a revista, o atual presidente dos EUA reagiu de forma inadequada aos ataques de 11 de setembro, mentiu ao apresentar as justificativas para a guerra do Iraque e não apresenta boas propostas para as principais necessidades do país. No caso da guerra do Iraque, o New Yorker afirma, por exemplo, que as razões alegadas pelo presidente para invadir o país não existiam. Entre elas, o fato do Iraque possuir armas de destruição em massa, o que nunca foi comprovado.

Mas, parece que nada disso muda a opinião do americano médio. Nem produtos culturais, como Farenheit 11/9, nem soldados que torturam e abusam de prisioneiros de guerra, nem o desaparecimento de cerca de 350 toneladas de explosivos do Iraque. Enquanto a casa estiver limpa, o resto que se dane para eles. Aliás, uma recomendação: tenham medo dos americanos que vivem fora dos grandes centros urbanos. Eles não gostam de estranhos.

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